Um ano após tempestade histórica, características raras podem se repetir em diversos países
Especialista brasileiro aponta possibilidade de a aurora boreal ficar visível em diversas regiões, devido à intensa atividade solar

Há um ano, o mundo presencia um dos maiores espetáculos naturais das últimas décadas. Em maio de 2024, uma intensa tempestade solar, considerada a mais forte em 20 anos, coloriu os céus dos hemisférios sul e norte, com auroras sendo avistadas em países como Argentina, Chile, Espanha, Inglaterra, Suíça e Estados Unidos. Agora, em maio de 2025, o cenário volta a chamar a atenção.
O brasileiro e especialista no específico, Marco Brotto - conhecido como o Caçador de Aurora Boreal - faz um novo alerta: "Estamos diante de um momento importante. Uma mancha solar significativa apareceu no lado leste do Sol e a rotação deve colocar-la em breve na direção da Terra. Ela é bastante ativa e já atingiu uma explosão solar de classe X-2, uma das mais intensas dos últimos tempos".
A explicação técnica de Brotto tem base em suas observações diárias ao sol e mais de 170 expedições pelo Ártico, caçando auroras. Segundo ele, além da mancha ativa, há também um buraco coronal à frente dela, o que potencializa os efeitos na Terra. "Somente tempestade esse buraco coronal já deve gerar solares. E agora, com essa mancha vinda atrás, há uma possibilidade real de um novo evento significativo ocorrer".
Os próximos dias são decisivos. Segundo Brotto, a mancha solar será mais diretamente voltada para a Terra a partir de cerca de uma. Se houver uma nova explosão solar significativa nesse intervalo, existe a possibilidade de auroras voltarem a ser vistas em diversas regiões do planeta, inclusive fora do Ártico.
"No ano passado foi visto até por quem jamais imaginou presenciar uma aurora boreal a olho nu. O que aconteceu em 2024 foi histórico e 2025 pode nos surpreender de novo", finaliza.
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