Governo Milei reduz impostos sobre veículos e tenta reaquecer setor automotivo na Argentina

Nova política elimina e diminui tributos sobre carros de luxo, elétricos, híbridos e motos de alta cilindrada; montadoras já anunciam queda nos preços.

Governo Milei reduz impostos sobre veículos e tenta reaquecer setor automotivo na Argentina
Governo Milei reduz impostos sobre veículos e tenta reaquecer setor automotivo na Argentina (Foto: Reprodução)


Com objetivo de impulsionar a economia e recuperar o mercado automotivo argentino, o presidente Javier Milei implementa cortes significativos em impostos de veículos. A medida já movimenta o setor e gera expectativas de crescimento, apesar dos desafios econômicos.


Buenos Aires – O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou uma série de mudanças tributárias que impactam diretamente o setor automotivo. A partir de 2025, impostos sobre veículos de alto valor, carros híbridos e elétricos, além de motocicletas de grande porte, foram reduzidos ou eliminados. A decisão faz parte da estratégia do governo para estimular o consumo e reativar a indústria automotiva, uma das mais afetadas pela crise econômica do país.


Os carros com preços entre US$ 39 mil e US$ 71 mil passaram a ser isentos de tributos. Para modelos acima desse valor, a alíquota do imposto foi cortada quase pela metade, caindo de 35% para 18%. Além disso, o governo liberou a importação de até 50 mil veículos elétricos e híbridos por ano com isenção total de tarifas, desde que sejam modelos de menor custo. Motocicletas com valores entre US$ 14 mil e US$ 22 mil também foram contempladas com a desoneração fiscal.


A resposta do setor foi imediata. A Ford Argentina anunciou uma redução nos preços de seus veículos, incluindo o Bronco Sport e o Kuga híbrido, com cortes de até 18%. Segundo Martín Galdeano, presidente da montadora na América do Sul, as medidas trazem otimismo ao mercado e devem facilitar o acesso ao financiamento para os consumidores.


Apesar do alívio fiscal, analistas econômicos alertam que a recuperação plena do setor depende de uma melhora mais ampla na economia argentina, ainda marcada pela inflação elevada, perda de poder de compra e retração industrial.


Mesmo diante das incertezas, a decisão do governo Milei é vista como um passo ousado e necessário para atrair investimentos, fomentar a concorrência no mercado automotivo e oferecer preços mais acessíveis à população.


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